Rotina do afeto.

domingo, agosto 08, 2010 Edit This 1 Comment »

Acordei com o celular tocando, você tem uma nova mensagem, já abro um sorriso, sei que deve ser dele, então ele me deseja um bom dia da forma mais carinhosa possível, fecho os olhos novamente ainda sorrindo, e fico assim por um tempo, entorpecida pelo sono e pelo sonho de ter ele comigo... bate aquela saudade, aquela vontade de ficar junto o tempo inteiro, então levanto, e sempre me vem algo na cabeça que quero o dizer, nem que seja pra mostrar o quanto ele é valioso pra mim ou o quanto eu me sinto sortuda...

Depois de escutar sua voz, o que me deixa ainda mais desperta, vou saciar minha sede dele. Então o encontro, e como em todos os encontros ele me faz lembrar os por quês que sou tão apaixonada por ele, pode ser por que junto dele eu sou a pessoa mais feliz e completa do mundo e penso se será por que ele sempre me diz coisas lindas e sinceras por mais que eu sempre balance a cabeça depois com um misto de felicidade e de não querer acreditar que ele pode ser tão perfeito, ou por que cada encontro com ele parece ser ainda o primeiro, ou por que eu adoro escutar a voz dele e adoro o sentir junto de mim e adoro sentir a respiração dele e adoro quando conversamos e também adoro nosso silencio, e o quanto eu adoro quando ele se faz de bobo só pra me fazer rir, ou por que eu tenho absoluta certeza de que quero estar com ele sempre... e penso que posso ser tão apaixonada por ele por tudo isso.. ou posso ser tão apaixonada assim sem por que algum, talvez ele existir já seja motivo mais do que suficiente pra isso..

Então.. enquanto estou com ele vou me dando conta disso tudo mais uma vez e o tempo passa.. passa rápido, mesmo que minha vontade seja de que ele pare... vou embora querendo ficar, e a dorzinha que dá sempre ameniza quando penso que vou encontrá-lo no dia seguinte...

Cheguei em casa, estou sozinha há 15 minutos e já sinto a falta dele, relembro o dia, relembro dos detalhes, penso e repenso neles, me pego rindo sozinha e falando baixinho para o quarto escuro o quanto gosto dele. Depois, enquanto deito, me pergunto como é que ele consegue tornar as coisas simples tão mágicas, como é que ele consegue me fazer tão feliz, como perto dele eu consigo ser tão eufórica e serena ao mesmo tempo... sorrio... adormeço.

segundos que raramente têm fim.

terça-feira, agosto 03, 2010 Edit This 3 Comments »
Eram mais de dez da noite, e mais uma vez eles estavam na hora da despedida, em frente a uma porta, um esperando a próxima ação do outro...

Na cabeça dela se passou todos os dias anteriores, o quanto eles haviam sido lindos, o quanto ela queria que eles durassem pelo resto da vida, o quanto aquilo tudo apesar de tão avassalador parecia ser premeditado, ela achou que estava ficando tonta, só se fosse tonta de paixão...

E ela baixou a cabeça e deu um sorriso tristonho, mesmo sem saber o motivo real da tristeza, ela só não queria que aquela noite terminasse. Só.

Então, chegou a hora da despedida, ele a abraçou, aquele abraço que a cabe perfeitamente, ela o beijou na bochecha e aconteceu.

E há quanto tempo fazia que ela não sentia borboletas no estômago? E aquele sabor? Ela nunca havia experimentado nada igual!
então acabou.

Ela se sentiu mais tonta ainda, mais paixão, constatou.

E dalí em diante ela passou a constatar todos os dias que a paixão crescia, até que cresceu tanto, e a cada dia mais, que ela descobriu que não existem mais palavras pra descrever o sentimento e ele sabe que sentimentos assim são os mais raros e, por isso, sem fim.

Nathalia Cassundé